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COMÉRCIO

Casa Peixoto investe dez milhões em nova loja e novo centro logístico

Desde ano passado a empresa abriu uma loja em Aveiro, um segundo centro logístico em São João da Talha e acaba de inaugurar a "sua" loja no Porto. Para 2024 está prevista a abertura de uma loja de cerca de 10.000 metros quadrados em Lisboa, num investimento adicional de 10 milhões de euros.

 Quem não trabalha no mundo da construção (ou não vive no norte de Portugal) talvez não conheça a Casa Peixoto. Mas esta é uma empresa familiar, com 48 anos de existência, que vai já na terceira geração e que prevê faturar, este ano, mais de 60 milhões de euros.

A empresa apresentou na semana passada aquela que é a sua maior e mais recente loja - tem mais de 8000 metros quadrados. Localizada no Porto, mais precisamente na estrada da Circunvalação, tem a particularidade de funcionar como que uma galeria de arte.

Está dividida em duas partes, uma direcionada para o consumidor final e onde pode encontrar não só todos os produtos, como inúmeras sugestões de decoração, e a outra, totalmente virada para os profissionais. Com uma particularidade. Segundo Luciano Peixoto, administrador da Casa Peixoto, não é apenas o portfólio o que distingue a empresa da concorrência. O que realmente faz a diferença é o tratamento personalizado. Não só aquando da escolha dos materiais, mas, também, na elaboração do projeto e, caso o cliente assim o deseje, na implementação do mesmo (através de parceiros).

O próprio showroom mostra algumas das parcerias com espaços dedicados a marcas como Amorim Cork, Versace (Cerâmica), Armani (Cerâmica), Argenta, Love Ceramic Tiles, Margres Ceramic Tiles, Vista Alegre, Bordallo Pinheiro, EGLO, Castelbel, Roca, Sanitana, Sanindusa, Bosch, Einhell, Grohe, Bruma, CIN, DYRUP, Finsa, Fassa Bortolo, Daikin, Baxi, Delba, entre muitas outras. Na prática a loja proporciona serviços que vão desde o início até ao fim da obra.

A abertura desta loja foi o culminar de um investimento avultado - dez milhões de euros - feito pela empresa. Valor que abarcou não só a abertura de uma loja em Aveiro, mas, também, de um novo centro logístico - o segundo - localizado em São João da Talha. Um armazém robotizado que, juntamente com a digitalização entretanto feita, permite que, se a encomenda for lançada no sistema até às 17 horas e o produto exista no armazém, a empresa garanta a entrega no dia seguinte. E isto porque é a Casa Peixoto quem assegura o transporte, através da sua frota.

A par disto a empresa vai fazer uma ampliação ao centro logístico de Viana do Castelo, passando a ter uma capacidade para 12 000 paletes (a capacidade atual é de 10 000). Como explica o administrador da Casa Peixoto, trata-se de um investimento de quatro milhões de euros e vai implicar a criação de quatro novos postos de trabalho.

No que concerne a Lisboa a empresa prevê, rapidamente, começar as obras daquela que vai ser a sua primeira loja na capital portuguesa. Localizada perto da Gare do Oriente terá cerca de 10 000 metros quadrados de espaço, divididos entre dois pisos de estacionamento e cerca de 5 000 metros quadrados de espaço comercial. A ideia, explica Luciano Peixoto, é replicar o conceito aplicado agora na loja do Porto. Uma aposta que implica um investimento de dez milhões de euros. "Sem contar com o terreno", explica Luciano Peixoto, que acrescenta que a obra deverá demorar 18 meses, estando a abertura prevista para 2024.

Em jeito de balanço, Luciano Peixoto referiu que a pandemia ajudou a acelerar a digitalização da empresa, a par da criação de novos serviços. A loja online é um bom exemplo. Apesar de muito recente "já tem alguma expressão". Além das lojas em território nacional - Braga, Viana do Castelo, Guimarães, Aveiro, Porto e Lisboa - a empresa também tem um espaço em Paris. Cerca de 400 metros quadrados que servem de showroom. E ainda parcerias em África e na Suíça, para a venda de materiais.

O certo é que a Casa Peixoto faturou 43,5 milhões de euros em 2020 e este ano deverá ultrapassar os 60 milhões, o que significa um crescimento a rondar os 20%. E embora já haja indícios de abrandamento - nomeadamente ao nível das encomendas de materiais, o que aponta para uma diminuição de obras novas - Luciano Peixoto não acredita que venha aí uma recessão.

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